quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pelos verbos que passei


(Ivana Almeida)

Eu só precisava ficar sozinha, sem a gravidade para me deixar rente ao chão. Apenas queria ir embora, sorrir um pouco mais e saber que a noite tudo estará sereno, pronto para um verdadeiro descanso. Enquanto todos progridem em auto-conhecimento, estou vagando dentro de um eu que parece indecifrável. Sou o avesso da minha consciência, e trocando em miúdos, não consigo ser exatamente aquilo que preciso e assim acabo me perdendo em tantas conclusões frustradas.
As palavras conseguem me desenhar quase que como uma fotografia, e quem diria que um dia eu as estaria procurando para essa função...

6 comentários:

  1. Talvez a diferença seja essa. Perder as palavras...
    Assusta não?

    Ainda procuro as minhas. Perdi-as há muito...

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  2. "não consigo ser exatamente aquilo que preciso e assim acabo me perdendo em tantas conclusões frustradas."

    estranha a sensação, não é?! sinto a cada dia, umas vezes mais aguçada, outras nem tanto!

    lindo, ivana!
    ^^

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  3. estou bismado
    poxa ivana
    como conseguiu
    ficou d+++++
    o desespero
    da solidão
    em contraste
    com o ser
    perdido
    pelo razão

    gostei da forma
    de fala dessa real
    e afirma um desejo
    comum aos sentidos
    e unico aos simples

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  4. pensou em fechar os olhos e apenas sonhar?

    todos temos um lado de contradição,
    ou até varios lados =]

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  5. "As palavras conseguem me desenhar quase que como uma fotografia..." Vale a pena a busca errante de se conhecer, assim como a outra, a da escrita que nos desenha...ou nos fita por meio de uma fotografia.

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  6. Ivana, você escreve muito!
    Parabéns.. Gostei demais.
    Beijos

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